TÓPICO ESPECIAL: IMPOSIÇÃO DE MÃOS NA BÍBLIA

Esse gesto de envolvimento pessoal é usado de várias maneiras diferentes na Bíblia.

1. tomada de juramento (i.e., mão debaixo da coxa [Gn 24.2, 9; 47.29])

2. passar a liderança familiar (cf. Gn 48.18)

3. identificar-se com a morte de um animal sacrificial como substituto

a. sacerdotes (cf. Êx 29.10, 15, 19; Lv 16.21; Nm 8.12)

b. pessoas leigas (cf. Lv 1.4; 3.2, 8; 4.4, 15, 24; II Cr 29.23)

4. separar pessoas para servirem a Deus numa tarefa especial ou ministério (cf. Nm 8.10; 27.18, 23; Dt 34.9; Atos 6.6; 13.3; I Tm 4.14; 5.22; II Tm 1.6)

5. participar do apedrejamento judicial de um pecador (cf. Lv 24.14)

6. a mão na boca de alguém denota silêncio ou aquiescência (cf. Jz 18.19; Jó 21.5; 29.9; 40.4; Miquéias 7.16)

7. a mão na própria cabeça de alguém significa tristeza/pesar (II Sm 13.19)

8. receber uma benção para saúde, felicidade e santidade (cf. Mt 19.13, 15; Marcos 10.16)

9. relativa a cura física (cf. Mt 9.18; Marcos 5.23; 6.5; 7.32; 8.23; 16.18; Lucas 440; 13.13; Atos 9.17; 28.8)

10. Receber o Espírito Santo (cf. Atos 8.17-19; 9.17; 19.6)

Há uma falta surpreendente de uniformidade nas passagens que têm sido historicamente usadas para apoiar o estabelecimento eclesiástico de líderes (i.e., ordenação).

1. Em Atos 6.6 é o Apóstolo que impõe as mãos sobre os sete para o ministério local.

2. Em Atos 13.3 são os profetas e mestres que impõem as mãos sobre Barnabé e Paulo para o serviço missionário.

3. Em I Tm 4.14 são os anciãos locais que estavam envolvidos no inicial chamado e estabelecimento de Timóteo

4. Em II Tm 1.6 é Paulo que impõe as mãos sobre Timóteo.

Essa diversidade e ambigüidade, ilustra a falta de organização na igreja do primeiro século. A igreja primitiva era muito mais dinâmica e usava regularmente os dons espirituais dos crentes (cf. I Cor. 12; 14). O NT não foi escrito para advogar ou delinear um modelo governamental (ver a variedade em Atos 15) ou procedimento ordenatório. Tradições organizacionais da Igreja são necessárias mas não bíblicas. A santidade da liderança é muito mais importante que a forma de liderança (ou seja, política)